Bebês virtualmente visitados pelas mães em hospitais

Bebês virtualmente visitados pelas mães em hospitais, o bebê de um lado da tela do celular e a mãe do outro. Foi assim que Daiane Rosário Santos manteve contato com a filha Milena nas semanas seguintes ao nascimento da pequena. Daiane mora em Praia Grande e o Hospital Sepaco, onde a bebê ficou internada, fica na capital paulista.

Com a dificuldade de pais e outros familiares de irem ao encontro dos bebês, especialmente em razão da pandemia de coronavírus, o hospital decidiu acelerar a implantação de um projeto tecnológico que já estava nos planos da equipe. Lúcio Flavio Peixoto de Lima, coordenador médico da Neonatologia do hospital, conta que os recém-nascidos reconhecem a voz da mãe e se acalmam quando a ouvem e, por isso, esse contato é importante.

A iniciativa foi bem aceita pelas mães, que viram nela uma oportunidade de se manterem em contato com os filhos quando não podiam estar presencialmente no hospital. Mesmo em uma situação adversa como essa que a pandemia nos impôs, a psicóloga Roberta Moretto reforça a necessidade de garantir que o vínculo entre as crianças e suas famílias seja preservado.

Daiane, mãe da pequena Milena, avalia que as visitas a distância com o auxílio da tecnologia foram essenciais para abreviar a estadia da bebê no hospital.

Além das necessidades de distanciamento social que surgiram com a pandemia, algumas vezes existem dificuldades de acesso, já que o hospital recebe pacientes de todo o país. Então, a possibilidade de ver os bebês em chamadas de vídeo torna o atendimento muito mais humanizado para os familiares.

Mãe do pequeno Rafael, Aparecida Fernandes Arzani de Oliveira também participa do projeto. Ela mora em Glicério, a 500 quilômetros da capital paulista. Com a videochamada, ela hoje fica mais tranquila porque vê o filho com frequência sem precisar ter de se deslocar até o hospital.

Lúcio lembra que manter o bebê próximo da mãe, mesmo a distância, tem impacto em toda a vida desse indivíduo. Com o sucesso e a boa aceitação da iniciativa, o médico diz que a próxima ação de uso de tecnologia é oferecer gravações das vozes das mães como terapia para os bebês.

fonte: olhardigital.com.br