Ransomware: como evitar ataques que sequestram dados e exigem pagamentos

Ransomware o Brasil é o segundo colocado no ranking de ataques mundiais de ransomware, ameaça que impede que funcionários acessem os sistemas internos da empresa, diz a pesquisa “Smart Protection Network”, da Trend Micro. Ainda segundo a pesquisa, 51% das empresas brasileiras já sofreram com esse tipo de ataque em 2018.

Um ataque do tipo ransomware é quando um cibercriminoso criptografa dados e informações do computador de uma vítima e o acesso a esses dados só é liberado mediante pagamento de um resgate. Por estarem criptografados, recuperar esses dados sem o pagamento do resgate por ser um trabalho longo, delicado e custoso.

No entanto, Rafael Reis, advogado da área digital, recomenda que caso seja vítima de um ataque desse tipo, em hipótese alguma, deve se pagar o valor da recompensa. “O ideal é investir em segurança da informação, sistemas antivírus, programa de proteção de dados, treinamentos das equipes para reconhecer potenciais arquivos maliciosos e em criação de backups para recuperação dos dados, caso eles sejam afetados, principalmente em servidores em nuvem, que replicam as informações em servidores diferentes e espalhados, facilitando a recuperação posterior de arquivos infectados”, sugere o advogado.

Em média, um ataque desse tipo pode levar quase 200 dias para ser identificado e mais 70 dias para ser solucionado, garante pesquisa apresentada pela Leadcom, empresa israelense de tecnologia e telecomunicação.

De acordo com a Trend Micro, o Brasil também aparece entre os 15 países com o maior número de vítimas de URLs não seguras, com 12 milhões de pessoas registradas. São 55 mil aplicativos maliciosos desenvolvidos por brasileiros e 40 milhões de malwares detectados.

Reis recomenda sempre a prevenção e investimento em segurança da informação, já que quebrar uma criptografia pode levar muito tempo e em alguns casos, até mesmo o pagamento do resgate por ser ineficaz. “A manutenção de aplicativos atualizados também é uma solução que auxilia o impedimento de entrada de vírus nas brechas de segurança criadas com a desatualização de alguns apps”, diz Reis.