A preocupação com a segurança das informações na internet cresce à medida que o cibercrime avança na missão de explorar vulnerabilidades dos softwares. Um dos meios de se proteger é aderir ao navegador Tor, utilizado para imersões na chamada Deep Web (veja vídeo abaixo), a parte obscura da internet garantida pelo anonimato. Com ele, nada é rastreado.
Nesta quinta-feira, a empresa de segurança ESET emitiu nota em que recomenda o uso do navegador – baseado em software livre e de código aberto – como alternativa aos convencionais. “Por meio dele, é possível evitar golpes e ameaças voltadas a roubar dados pessoais e credenciais de acesso dos internautas”, analisa Camillo Di Jorge, diretor-geral da ESET Brasil.
Antes de utilizar o Tor, porém, é necessário atentar para algumas orientações elaboradas pela própria empresa de segurança.
· Tráfego de rede: Ao utilizar Tor, nem todo o tráfego do computador entra em modo anônimo de forma automática, a menos que os serviços não estejam configurados corretamente. Por essa razão, o usuário deve estar ciente dos serviços que são utilizados e que os mesmos foram configurados de forma adequada.
· Uso de acessórios: Alguns plug-ins instalados nas configurações do navegador podem evitar a navegação anônima, assim é aconselhável não instalar add-ons no navegador pré-configurado, mas caso seja necessário faça isso manualmente.
· Usando HTTPS: O tráfego enviado por meio da rede Tor é transmitido de forma criptografada, mas uma vez a página fechada, a criptografia só depende do site visitado, por isso recomenda-se a conexão com sites via protocolo seguro, HTTPS.
· Download de documentos: Os documentos que você baixar e usar enquanto navegar com Tor podem conter recursos que são baixados pelo aplicativo que é executado fora do âmbito da rede anônima, revelando o endereço IP real utilizado. Nesses casos, recomenda-se desligar o computador da rede e, em seguida, abrir os documentos.
Um lugar pouco conhecido
O Olhar Digital já mergulhou nas profundezas da Deep Web. No vídeo abaixo, você confere o que acontece neste mundo paralelo da internet no qual transitam grupos como Anonymous e informações sobre pedofilia, turismo sexual e até assassinos de aluguel.